Desafios das Energias Renováveis ​​para o Desenvolvimento de África

A Comissão da CEDEAO, em colaboração com o seu Centro de Energias Renováveis ​​e Eficiência Energética (ECREEE) e a União Europeia (UE), abriu ontem em Dakar um workshop de capacitação para jornalistas de oito dos quinze países membros. A reunião visa promover um sistema de comunicação único e totalmente integrado para todos os programas do ECREEE.

Localizando o lugar central dos profissionais da comunicação na expectativa dos decisores de verem as populações do espaço CEDEAO apropriarem-se dos méritos das energias renováveis, os vários oradores na cerimónia de abertura do workshop apelaram aos jornalistas para que tomem parte activa na mobilização social em torno dos objectivos definidos pelo Cereec. Preparando o cenário, a Diretora de Comunicações da CEDEAO, Sandra Oulaté, sugeriu que “a reunião reúna jornalistas de estatura, com uma forte presença em termos de frequência e publicação, e bons conhecimentos analíticos de questões socioeconómicas ou sociopolíticas nos seus respetivos países e líder na sua escrita”, razão pela qual o diretor executivo do Cereec, Mahama Kappiah, disse “esperamos ver os profissionais da comunicação participarem plenamente na promoção das energias renováveis ​​na região da CEDEAO. Esta é também a convicção do Chefe de Gabinete do Ministro Senegalês responsável pela Energia, Mor Ndaye Mbaye que já tinha sublinhado que “África sofre de pobreza energética o que, em parte, explica a sua pobreza económica, pelo que tem um enorme potencial em energias renováveis ​​(solar, hidroeletricidade, biomassa, eólica)”.

Na verdade, estas energias limpas constituem uma alternativa para África que até agora sofre com pesadas facturas energéticas na sua economia. Com mais de 60% da sua população, estimada em trezentos milhões de habitantes, privada de electricidade, a África Ocidental pretende fazer progressos gigantescos no fornecimento de energia ao maior número de pessoas possível. Neste sentido, os profissionais da comunicação têm o dever, juntamente com os parceiros técnicos e financeiros da Cereec, de investir em atividades de advocacia e sensibilização das populações.