O Centro para as Energias Renováveis e Eficiência Energética da CEDEAO (CEREEC), em parceria com o Ministério das Minas e Energia, realizou em Monróvia um workshop de validação de dois dias para analisar as conclusões do estudo de viabilidade de mini-redes limpas (CMG), no âmbito da iniciativa Desert-to-Power West Africa Regional Energy Program (DtP-WAREP) – Fase 1, financiada pelo Banco Africano de Desenvolvimento.
O estudo, conduzido pelo consórcio INENSUS–NYETAA Group Consulting, identifica 30 localidades rurais na Libéria como viáveis para o desenvolvimento de mini-redes solares fotovoltaicas. A avaliação abrange a procura de energia, o desenho técnico, as projeções financeiras, os impactos ambientais e sociais, bem como o planeamento sensível ao género. O estudo servirá para mobilizar financiamento destinado à construção de sistemas de mini-redes nas comunidades selecionadas. O relatório e o roteiro validados e harmonizados abrirão caminho para investimentos em soluções de energia limpa para comunidades com acesso limitado em toda a Libéria.
O workshop reuniu representantes de instituições nacionais-chave, incluindo a RREA, a EPA, os Ministérios do Género e das Finanças, a LERC, a Autoridade de Normalização da Libéria, juntamente com operadores do setor, investidores e parceiros de desenvolvimento. Na abertura do evento, o Vice-Ministro da Energia, Oliver S. Gbegbe, reafirmou o compromisso do governo e destacou o alinhamento do programa com a Agenda ARREST para um desenvolvimento nacional inclusivo. O Diretor Executivo Adjunto da RREA, Stephen V. Potter Sr., saudou a iniciativa, sublinhando o seu papel na expansão do acesso fiável e limpo à eletricidade para as comunidades rurais.
Falando em nome do Diretor Executivo do CEREEC, o Sr. Emmanuel Etim afirmou que o estudo visa validar as conclusões com as partes interessadas nacionais e implementar uma plataforma informática segura para os concursos e a monitorização das CMG. Explicou que as localidades selecionadas demonstram forte potencial para mini-redes solares, com base na distância da rede, na disponibilidade de serviços essenciais e na atividade económica, prevendo-se benefícios para centros de saúde, escolas e empresas rurais. Apesar dos desafios de financiamento, manifestou confiança de que os primeiros sistemas poderão ser implementados dentro de dois a três anos.
